sexta-feira, 23 de março de 2012

Em reunião com Marinho, ministro Gilberto Carvalho pede perdão

O deputado federal Márcio Marinho (PRB-BA), junto com integrantes da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, se reuniu com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), na Câmara, para ouvir explicações sobre suas recentes declarações durante uma palestra. O objetivo era o de decidir se a Frente continuaria a considerá-lo como “interlocutor” entre as igrejas evangélicas e o governo.

Segundo Marinho, o ministro teria pedido perdão pelas declarações que deu, porém, afirmou que suas palavras foram distorcidas pela mídia. Carvalho também teria dito que o governo considera as igrejas evangélicas parceiras e muito importantes.

Sobre a interlocução com o governo, Márcio Marinho comentou que apesar de a bancada evangélica compreender as declarações de Gilberto Carvalho, o ministro terá que assinar um documento ou fazer um pronunciamento para afirmar que não disse que o governo deveria travar uma disputa ideológica com o grupo.

Polêmica
A polêmica surgiu após o ministro afirmar que o Estado deveria travar uma disputa ideológica pela "nova classe média", que estaria sob hegemonia de setores conservadores. Considerado a comunicação do governo com movimentos sociais e igrejas, Gilberto Carvalho comentou durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, no mês passado, a seguinte frase: "Lembro aqui, sem nenhum preconceito, o papel da hegemonia das igrejas evangélicas, das seitas pentecostais, que são a grande presença para esse público que está emergindo."

O comentário foi considerado “grosseiro” tanto para os evangélicos quanto para grupos suprarreligiosos e gerou confusão em todo o País. Na reunião com a Frente Parlamentar Evangélica, Carvalho disse que foi "mal interpretado" e pediu "perdão" pelo "sentimento" que suas declarações provocaram em alguns deputados e senadores. O republicano Márcio Marinho ressaltou que a bancada, mesmo tendo parlamentares da base do governo, reagirá a qualquer declaração que constranja a crença alheia. “A fé está acima da posição partidária”, concluiu.

Por Jamile Reis
Foto: Google Imagens

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