O novo líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mal tomou posse, ontem. E já começa o disse me disse.
De novo, pergunto, a quem interessa vazar a informação de que o líder Candido Vaccarezza teria sido incompetente e desleal com a presidenta? Que ele não teria o apoio da base do governo? Ao PT e a sua bancada? Claro que não. Aos que ambicionavam seu cargo? Espero que não. Pior é apresentar como causa da sua substituição por Arlindo Chinaglia, natural e legítima, um direito líquido e certo da presidenta, as derrotas do governo na votação dos royalties da Petrobras ou do Código Florestal.
Nenhum dos dois assuntos teve qualquer coisa a ver com o líder do governo e, sim, com a própria divisão da bancada do PT. No caso do Código Florestal, ele foi resultado da posição da imensa maioria dos Estados. No caso dos royalties, os entendimentos passam pelos governadores e suas bancadas.
Assim, segundo alguns, uma mudança na liderança da Câmara, da forma como aconteceu, acabou contaminada pela mudança no Senado, fruto direto de uma votação específica – a aprovação do nome à diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) - e de questões internas do PMDB.
Cândido Vaccarezza serviu com competência e lealdade aos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, à sua bancada, ao seu partido e aos aliados. E a própria oposição é testemunha. Lamentável que não seja reconhecido. (Blog do Zé Dirceu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário