Um deputado estadual da Bahia é alvo nesta terça-feira (3) de operação da Polícia Federal por suspeita de apropriação de salários de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa.
De acordo com a PF, o deputado estadual Roberto Carlos (PDT) mantinha em sua equipe funcionários "fantasmas" que transferiam parte de seus salários ao pedetista ou a pessoas vinculadas a ele.
A investigação, segundo a PF, se estendeu por dois anos e detectou transferências diretas das contas dos assessores para as do deputado, da sua companheira e de um de seus filhos, de 2008 a 2010. Os salários dos funcionários "fantasmas" variam de R$ 3.000 a R$ 8.000.
A operação, batizada de "Detalhes", investiga os crimes de peculato (delito cometido por funcionário público), sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Cerca de 60 policiais federais cumprem mandados de busca e apreensão nas cidades baianas de Juazeiro, Uauá e Salvador, e também em Petrolina (PE). As ordens partiram do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.
Na Assembleia da Bahia, houve buscas no setor de recursos humanos e no gabinete do deputado Roberto Carlos). Também foram alvo da PF o SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) de Juazeiro, local de trabalho de uma suposta assessora do pedetista, e as casas do deputado e de oito suspeitos de serem servidores "fantasmas".
A reportagem tentou contato na tarde desta terça-feira (3) com o gabinete do deputado Roberto Carlos na Assembleia, mas ninguém atendeu as ligações.
FOLHA DE SÃO PAULO 3/4/2012
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