Ela disse ainda ter concluído que a prévia seria ruim para o partido. "A gente sairia um partido rachado, sem unidade, e sem condições de ganhar a eleição."
Eduardo Anizelli - 20.jun.2008/Folhapress |
Marta anuncia desistência da candidatura à Prefeitura de SP |
Marta afirmou ter sido convencida por Dilma e Lula. "Não tem por que ir para enfrentamento, iria estraçalhar nossa militância."
A senadora, no entanto, não declarou apoio ao candidato de Lula --o ministro da Educação, Fernando Haddad-- e disse que apoiará o nome que o PT escolher. "Tudo indica que vai ser o Haddad. A candidatura do partido é a que eu vou apoiar."
A ex-prefeita se isolou após combinar a saída com a presidente Dilma, que fez o apelo na última segunda-feira para que ela desistisse.
Marta ficou magoada com a pressão pública do ex-presidente Lula, já que tinha o sonho de voltar à prefeitura após duas derrotas seguidas, em 2004 e 2008.
Nos últimos meses, Marta assistiu à erosão de sua base no partido. Restaram três escudeiros: os deputados federais Cândido Vaccarezza e José Mentor e o deputado estadual João Antonio.
Eles farão campanha para Haddad, mas decidiram manter silêncio até o anúncio de hoje em respeito à aliada.
O ministro também foi aconselhado a esperar que Marta formalize a saída antes de procurá-la. Seus apoiadores dizem que ele se esforçará para cortejar a senadora e evitar que ela se ausente da campanha em retaliação ao boicote que sofreu.
Haddad ainda é pouco conhecido e precisará da presença da ex-rival em comícios e na propaganda de TV para ganhar popularidade.
Nos próximos dias, ele também quer procurar os outros três pré-candidatos que insistem em disputar prévias: os deputados Jilmar Tatto e Carlos Zarattini e o senador Eduardo Suplicy.
Ontem, Suplicy divulgou os telefones de sua casa na internet e montou plantão para recolher assinaturas em apoio à sua inscrição na eleição interna do partido. (Folha de São Paulo - 2/11/2011)
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