Brasília - No ano em que o Censo do IBGE 2010 declara que os negros são maioria no Brasil – 50,7%, o equivalente a 96 milhões – a presença de afro-brasileiros na Esplanada dos Ministérios é a menor desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciado em 1º de janeiro de 2003.
Com a queda na semana passada do ministro Orlando Silva, acusado de chefiar o escândalo de desvio de verbas no Ministério dos Esportes, não restou mais nenhum negro ou negra ocupando cargo de ministro.
Tanto Ideli Salvatti - de quem nunca se soube ter em algum momento assumido a condição de ativista ou militante negra -, quanto a socióloga Luiza Bairros, ocupam, respectivamente, os cargos de Secretaria das Relações Institucionais e chefe da SEPPIR. Embora tenham status de ministras, as duas Secretarias tem orçamentos reduzidos e fazem parte do organograma da Presidência da República.
Presença reduzida
No início do primeiro mandato de Lula, em 2003, dos 34 ministérios, três eram ocupados por negros: Gilberto Gil, na Cultura, Marina Silva, no Meio Ambiente, e Benedita da Silva, no Ministério da Assistência Social. Orlando Silva, que já era secretário-executivo, assumiria o Ministério dos Esportes a partir de 2006. A presença negra na Esplanada se completava com a ministra Matilde Ribeiro (foto), na Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial (SEPPIR), criada em março daquele ano.
Orlando Silva, oriundo do movimento estudantil, onde presidiu a União Nacional dos Estudantes, embora negro, fazia parte da cota do PC do B no Governo, não tem qualquer histórico de participação ou militância no movimento negro e caiu depois de ser acusado pelo policial João Dias Ferreira, de chefiar esquema de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes.
Levando em conta ministérios e secretarias com status de ministério, a participação de negros no Governo foi reduzida de 11% no primeiro Governo Lula para zero no Governo Dilma.
No caso das Secretarias, no primeiro Governo Lula eram duas ocupadas por negros – a SEPPIR e Secretaria da Pesca.
A redução do número de negros em cargos de ministro na Esplanada no Governo Dilma, só tem paralelo com o Governo Collor, quando o ex-jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, Pelé, tornou-se o único negro a tomar assento na Esplanada, como ministro dos Esportes.
Nos Governos Itamar e Fernando Henrique, nenhum negro ocupou cargo de ministro.
Com a queda na semana passada do ministro Orlando Silva, acusado de chefiar o escândalo de desvio de verbas no Ministério dos Esportes, não restou mais nenhum negro ou negra ocupando cargo de ministro.
Tanto Ideli Salvatti - de quem nunca se soube ter em algum momento assumido a condição de ativista ou militante negra -, quanto a socióloga Luiza Bairros, ocupam, respectivamente, os cargos de Secretaria das Relações Institucionais e chefe da SEPPIR. Embora tenham status de ministras, as duas Secretarias tem orçamentos reduzidos e fazem parte do organograma da Presidência da República.
Presença reduzida
No início do primeiro mandato de Lula, em 2003, dos 34 ministérios, três eram ocupados por negros: Gilberto Gil, na Cultura, Marina Silva, no Meio Ambiente, e Benedita da Silva, no Ministério da Assistência Social. Orlando Silva, que já era secretário-executivo, assumiria o Ministério dos Esportes a partir de 2006. A presença negra na Esplanada se completava com a ministra Matilde Ribeiro (foto), na Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial (SEPPIR), criada em março daquele ano.
Orlando Silva, oriundo do movimento estudantil, onde presidiu a União Nacional dos Estudantes, embora negro, fazia parte da cota do PC do B no Governo, não tem qualquer histórico de participação ou militância no movimento negro e caiu depois de ser acusado pelo policial João Dias Ferreira, de chefiar esquema de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes.
Levando em conta ministérios e secretarias com status de ministério, a participação de negros no Governo foi reduzida de 11% no primeiro Governo Lula para zero no Governo Dilma.
No caso das Secretarias, no primeiro Governo Lula eram duas ocupadas por negros – a SEPPIR e Secretaria da Pesca.
A redução do número de negros em cargos de ministro na Esplanada no Governo Dilma, só tem paralelo com o Governo Collor, quando o ex-jogador de futebol, Edson Arantes do Nascimento, Pelé, tornou-se o único negro a tomar assento na Esplanada, como ministro dos Esportes.
Nos Governos Itamar e Fernando Henrique, nenhum negro ocupou cargo de ministro.
(Matéria: AFROPRESS // Foto: Google Imagens)
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