terça-feira, 16 de agosto de 2011

Colóquio aponta soluções técnica para Mobilidade Urbana em Salvador e RMS




“Este debate não visa o convencimento, mas sim, o intercâmbio de soluções inovadoras que ponham em prática o principal objetivo: oferecer qualidade de vida para a população”, assim o presidente do Sindicato dos Engenheiros da Bahia (SENGE-BA), o engenheiro civil Ubiratan Félix, abriu o debate no Colóquio Mobilidade Urbana Sustentável, realizado no dia 12 de agosto de 2011, no Hotel Vila Galé, em Salvador.




Profissionais de engenharia, representantes do governo e de entidades sociais presentes no evento avançaram o tema do ponto de vista ambiental, social, econômico e articulado com política de habitação, saneamento básico e metropolitana.



Na ocasião, o secretário do Planejamento da Bahia, Zezéu Ribeiro, apresentou o projeto de mobilidade urbana em Salvador, cujo prazo de conclusão visa prepara a cidade para receber a Copa do Mundo, em 2014.
Para Zezéu, o projeto ultrapassou a fase “BA-VI”, que colocava BRT de um lado e VLT do outro , e que se resumia somente a Avenida Paralela.


Conforme o projeto, as obras do metrô estão divididas em Linhas 1 e 2.  De responsabilidade da Prefeitura de Salvador, a linha 1 vai ligar as estações da Lapa a Pirajá. Para esta obra já estão garantidos recursos.
Já a linha 2, que será interligada a linha 1 , percorre o Acesso Norte até o município de Lauro de Freitas (Região Metropolitana de Salvador - RMS), as obras serão realizadas por meio de uma parceria Público-Privado (PPP). A porcentagem de participação de cada setor (público e privado), contudo, ainda não foi definido.




Sobre a proposta, o público questionou e apontou soluções técnicas para a revitalização do Trem do Subúrbio Ferroviário, a integração do município de Simões Filho e o bairro de Cajazeiras no projeto.
Segundo o secretário, o projeto já considera se estender futuramente para atender Simões Filho (RMS) e os bairros de Cajazeiras. Além disso, serão realizadas obras complementares com outros modais nas duas linhas do metrô. Estão previstos trechos de BRT e a adaptação da linha de trem do subúrbio para Veículos Leves sobre Trilhos (VLT).



“Estou saindo do Colóquio com novas perspectivas. Ouvir outros profissionais, com outras experiências, é extremamente enriquecedor para o projeto”, conclui Zezéu.
Questões – Para Horácio Brasil, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (SETPS), a cidade precisa de mais frentes de discussão técnica sobre os projetos. “O processo tem conflitos, por isso a importância de discussões que gerem soluções práticas, como aconteceu neste Colóquio”, diz.
Especialista na área, o arquiteto Nazareno Affonso Stanislau acredita que finalmente acontece na Bahia um debate sério, ao entender que a “mobilidade” não significa universalização do acesso ao automóvel, como aconteceu com as políticas públicas na década de 80.



“No entanto, ainda é preciso se solucionar o lugar do automóvel integrado ao sistema de transporte público. Os projetos não incluem política de gestão dos estacionamentos, problema caótico em cidades como Salvador”, fala Stanislau.



Para a deputada estadual (PT), a engenheira civil Maria Del Carmen, vários pontos ainda precisam ser definidos, como a integração tarifária, a operacionalização do sistema (quem irá operar o metrô e os modais BRT e VLT) e quem irá subsidiar o funcionamento dos transportes.
“Ainda há muito a ser esclarecido, por isso é tão importante espaços de debate como este”, conclui a deputada.

O vice-prefeito de Vitória do Conquista (sudoeste da Bahia), Ricardo Marques, acredita que a experiência em Salvador e RMS, já está sendo considerada pelas demais prefeituras baianas para se evitar uma série de problemas em seus municípios.
"Vitória da Conquista está perto de ter a sua região metropolitana, integrando os município como Anagé, Planalto e Barra do Choça. Atualmente já viabilizamos licitação para o aumento da frota de transportes coletivos, o bilhete único de passagem, o acesso estudantil a meia-passagem durante todo o ano, campanha de valorização do pedestre e investimento nas ciclovias", explica Marques.

Fotos: Tanara Régis // Comunicação SENGE-BA
Fonte: SENGE-BA

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