A desconfiança dos investidores em relação às economias dos países desenvolvidos pode favorecer o Brasil, diz o presidente da Petrobras
LEONARDO SOUZA
“Ela já gritou comigo. E eu já gritei com ela também. Hoje eu não posso gritar porque ela é minha chefa.” Nesse tom amistoso, José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras durante o governo Lula e mantido no cargo por Dilma Rousseff, descreve sua relação com a presidente. Ele diz que são duas pessoas de posições firmes, mas que se respeitam mutuamente. Uma linha direta com o Palácio do Planalto é fundamental na gestão da maior estatal do país, onde o executivo que se senta na cadeira de presidente tem de conciliar interesses divergentes do governo e da empresa. “Temos de ser um pouco esquizofrênicos”, diz Gabrielli. No atual cenário da economia internacional, porém, o problema de Gabrielli é administrar os interesses convergentes tanto do governo como da Petrobras: como aproveitar a crise financeira internacional para que tanto o país como a empresa saiam mais fortes dela. Para Gabrielli, as chances de esse cenário se realizar são grandes.
ENTREVISTA - JOSÉ SERGIO GABRIELLI |
QUEM É Presidente da Petrobras durante a maior parte do governo do ex-presidente Lula, foi mantido no cargo pela presidente Dilma Rousseff O QUE FEZ Filiado ao PT desde 1980, é um dos fundadores do partido. Foi professor de economiada Universidade Federal da Bahia (UFBA), com título de Ph.D. pela Universidade Boston |
ÉPOCA –Como a crise internacional afeta o petróleo?
José Sergio Gabrielli – É uma resposta muito difícil porque há algumas características dessa crise agora que são ainda muito incertas. O primeiro elemento é que a crise na Europa é mais grave do que nos Estados Unidos. Qual é o problema central na crise europeia? A capacidade da política fiscal de cada país para enfrentar o deficit e a dívida pública está no limite como instrumento efetivo de ação dos governos. Os governos europeus já tinham abandonado o uso da política monetária nacional, uma vez que têm moeda única. Portanto, a lógica da política monetária europeia é uma lógica de concertação entre países. Quando os países estão em estágios distintos de crise – a situação da Alemanha, por exemplo, é completamente distinta da situação da Grécia –, essa lógica faz com que as respostas monetárias sejam mais lentas. À medida que a resposta de política monetária é mais lenta, você tem um fenômeno de credibilidade sobre a capacidade de os Estados cumprirem suas obrigações.
José Sergio Gabrielli – É uma resposta muito difícil porque há algumas características dessa crise agora que são ainda muito incertas. O primeiro elemento é que a crise na Europa é mais grave do que nos Estados Unidos. Qual é o problema central na crise europeia? A capacidade da política fiscal de cada país para enfrentar o deficit e a dívida pública está no limite como instrumento efetivo de ação dos governos. Os governos europeus já tinham abandonado o uso da política monetária nacional, uma vez que têm moeda única. Portanto, a lógica da política monetária europeia é uma lógica de concertação entre países. Quando os países estão em estágios distintos de crise – a situação da Alemanha, por exemplo, é completamente distinta da situação da Grécia –, essa lógica faz com que as respostas monetárias sejam mais lentas. À medida que a resposta de política monetária é mais lenta, você tem um fenômeno de credibilidade sobre a capacidade de os Estados cumprirem suas obrigações.
ÉPOCA –Ou seja, a crise da Europa é uma crise de credibilidade?
Gabrielli – Eu acho que sim. Esses países mantêm taxas de juros baixas porque não podem aumentar os juros para não provocar uma recessão ainda mais profunda. Isso faz com que os capitais excedentes busquem aplicações que têm mais retorno e um mínimo de segurança. Essa seletividade busca aplicações mais seguras, como o ouro.
Gabrielli – Eu acho que sim. Esses países mantêm taxas de juros baixas porque não podem aumentar os juros para não provocar uma recessão ainda mais profunda. Isso faz com que os capitais excedentes busquem aplicações que têm mais retorno e um mínimo de segurança. Essa seletividade busca aplicações mais seguras, como o ouro.
ÉPOCA –Essa busca por aplicações com bom retorno e segurança pode favorecer as commodities?
Gabrielli – Acho difícil falar em commodities em geral, mas o petróleo em particular, sim. Petróleo é uma quase moeda hoje. É uma commodity que tem um componente financeiro muito grande em seu preço.
Gabrielli – Acho difícil falar em commodities em geral, mas o petróleo em particular, sim. Petróleo é uma quase moeda hoje. É uma commodity que tem um componente financeiro muito grande em seu preço.
ÉPOCA –E a crise nos EUA?
Gabrielli – A situação é diferente, mas há uma coisa comum. O problema que levou à variação do rating (classificação de risco de crédito) dos EUA é político.
Gabrielli – A situação é diferente, mas há uma coisa comum. O problema que levou à variação do rating (classificação de risco de crédito) dos EUA é político.
ÉPOCA –Como está o Brasil?
Gabrielli – O Brasil está muito bem. Temos uma economia que está crescendo fortemente, puxada pelo mercado interno. Não temos um problema de expectativa de crescimento, temos flexibilidade na política monetária, ou seja, temos uma taxa de juros muito alta que pode ser ajustada. Podemos ajustar também a política fiscal, seja por estímulos à demanda agregada (corte de impostos) ou pelo aumento de impostos em determinados setores. Temos muito mais instrumentos hoje do que os Estados Unidos e a Europa. E o mercado está vendo isso. Por isso, estamos com o real tão apreciado. O país cresce, o mercado de trabalho está aquecido. Portanto, é outro quadro. Nós somos um alvo potencial de quem busca aplicações neste momento.
Gabrielli – O Brasil está muito bem. Temos uma economia que está crescendo fortemente, puxada pelo mercado interno. Não temos um problema de expectativa de crescimento, temos flexibilidade na política monetária, ou seja, temos uma taxa de juros muito alta que pode ser ajustada. Podemos ajustar também a política fiscal, seja por estímulos à demanda agregada (corte de impostos) ou pelo aumento de impostos em determinados setores. Temos muito mais instrumentos hoje do que os Estados Unidos e a Europa. E o mercado está vendo isso. Por isso, estamos com o real tão apreciado. O país cresce, o mercado de trabalho está aquecido. Portanto, é outro quadro. Nós somos um alvo potencial de quem busca aplicações neste momento.
ÉPOCA –Para a Petrobras, então, a crise não é um problema?
Gabrielli – Provavelmente nós não passaremos imunes, dependendo da profundidade da crise. Mas pode ser até uma coisa positiva. Qual é a dificuldade que nós vamos ter? Provavelmente na captação de recursos. Estamos prevendo captar entre US$ 67 bilhões e US$ 91 bilhões. Se o preço do petróleo ficar em torno de US$ 80, vai ser US$ 91 bilhões. Se ficar em US$ 95, vai ser US$ 67 bilhões. (Quanto mais caro o barril do petróleo, maior o faturamento da Petrobras. Logo, menor a necessidade de captação de recursos.)
Gabrielli – Provavelmente nós não passaremos imunes, dependendo da profundidade da crise. Mas pode ser até uma coisa positiva. Qual é a dificuldade que nós vamos ter? Provavelmente na captação de recursos. Estamos prevendo captar entre US$ 67 bilhões e US$ 91 bilhões. Se o preço do petróleo ficar em torno de US$ 80, vai ser US$ 91 bilhões. Se ficar em US$ 95, vai ser US$ 67 bilhões. (Quanto mais caro o barril do petróleo, maior o faturamento da Petrobras. Logo, menor a necessidade de captação de recursos.)
ÉPOCA –Essa captação será feita por meio de quais instrumentos?
Gabrielli – São vários instrumentos: emissão de bonds (títulos de dívida) no mercado, principalmente lá fora; agências de promoção de exportação (crédito lastreado em exportações) ; bancos de desenvolvimento; bancos comerciais. O que nós não vamos fazer é emissão de ações. Isso está fora. Fizemos a maior capitalização da história no ano passado. Ao fazer essa capitalização, colocamos um volume enorme de ações no mercado que precisa levar um tempo para ser absorvido. Dessa capitalização, nós temos hoje em nosso caixa US$ 26 bilhões. Portanto, não temos nenhum problema de urgência de captação. Temos um programa de desinvestimento (venda de ativos) de US$ 13,6 bilhões. E vamos gerar de nossas atividades regulares, após pagar dividendos, entre US$ 125 bilhões e US$ 148,9 bilhões.
Gabrielli – São vários instrumentos: emissão de bonds (títulos de dívida) no mercado, principalmente lá fora; agências de promoção de exportação (crédito lastreado em exportações) ; bancos de desenvolvimento; bancos comerciais. O que nós não vamos fazer é emissão de ações. Isso está fora. Fizemos a maior capitalização da história no ano passado. Ao fazer essa capitalização, colocamos um volume enorme de ações no mercado que precisa levar um tempo para ser absorvido. Dessa capitalização, nós temos hoje em nosso caixa US$ 26 bilhões. Portanto, não temos nenhum problema de urgência de captação. Temos um programa de desinvestimento (venda de ativos) de US$ 13,6 bilhões. E vamos gerar de nossas atividades regulares, após pagar dividendos, entre US$ 125 bilhões e US$ 148,9 bilhões.
ÉPOCA –O plano de investir US$ 224 bilhões até 2015 não muda?
Gabrielli – Não há mudanças.
Gabrielli – Não há mudanças.
ÉPOCA –Como fica o preço da gasolina?
Gabrielli – O preço da gasolina no Brasil não pode ser desconectado do preço da gasolina e do petróleo no mercado internacional. Por uma razão muito simples: o mercado brasileiro é aberto. O mercado brasileiro tem mais de 250 distribuidoras. A Petrobras tem 38% do mercado de distribuição; 68% estão com outras distribuidoras. Essas distribuidoras não têm nenhuma obrigação de comprar produtos da Petrobras. A Petrobras tem 100% do refino. Se a Petrobras mantiver os preços da gasolina e do diesel acima dos preços do mercado internacional por muito tempo e a perspectiva dos preços no mercado internacional for de estabilidade, o que vai acontecer com a distribuidora? Ela vai comprar fora e vai trazer para cá. Foi o que aconteceu em 2010, quando houve importações grandes. E se mantivermos abaixo do preço internacional por muito tempo e o preço lá fora for de estabilidade? A distribuidora vai comprar da Petrobras e vai exportar. Então, s no longo prazo, por razões econômicas, você tende a ter uma convergência. Qual é o momento de fazer o ajuste, que é a pergunta que todo mundo faz? Depende da volatilidade esperada da taxa de câmbio, depende da volatilidade esperada da variação do preço do petróleo.
Gabrielli – O preço da gasolina no Brasil não pode ser desconectado do preço da gasolina e do petróleo no mercado internacional. Por uma razão muito simples: o mercado brasileiro é aberto. O mercado brasileiro tem mais de 250 distribuidoras. A Petrobras tem 38% do mercado de distribuição; 68% estão com outras distribuidoras. Essas distribuidoras não têm nenhuma obrigação de comprar produtos da Petrobras. A Petrobras tem 100% do refino. Se a Petrobras mantiver os preços da gasolina e do diesel acima dos preços do mercado internacional por muito tempo e a perspectiva dos preços no mercado internacional for de estabilidade, o que vai acontecer com a distribuidora? Ela vai comprar fora e vai trazer para cá. Foi o que aconteceu em 2010, quando houve importações grandes. E se mantivermos abaixo do preço internacional por muito tempo e o preço lá fora for de estabilidade? A distribuidora vai comprar da Petrobras e vai exportar. Então, s no longo prazo, por razões econômicas, você tende a ter uma convergência. Qual é o momento de fazer o ajuste, que é a pergunta que todo mundo faz? Depende da volatilidade esperada da taxa de câmbio, depende da volatilidade esperada da variação do preço do petróleo.
ÉPOCA –Analistas do mercado financeiro afirmam que a manutenção artificial do preço da gasolina afeta os papéis da Petrobras, o que é ruim para os acionistas.
Gabrielli – Evidentemente, o mercado reage sempre do lado que dói mais para ele. No momento em que o preço está acima do preço internacional, eles não reclamam, é óbvio. Eles reclamam quando está abaixo do preço internacional. Durante todo o ano de 2009 e início de 2010, ficou acima. Hoje está abaixo, mas o preço internacional está muito volátil. O preço da gasolina é muito sensível. As pessoas são muito sensíveis ao preço da gasolina. O mundo político gosta muito do preço da gasolina, a imprensa gosta muito do preço da gasolina.
Gabrielli – Evidentemente, o mercado reage sempre do lado que dói mais para ele. No momento em que o preço está acima do preço internacional, eles não reclamam, é óbvio. Eles reclamam quando está abaixo do preço internacional. Durante todo o ano de 2009 e início de 2010, ficou acima. Hoje está abaixo, mas o preço internacional está muito volátil. O preço da gasolina é muito sensível. As pessoas são muito sensíveis ao preço da gasolina. O mundo político gosta muito do preço da gasolina, a imprensa gosta muito do preço da gasolina.
ÉPOCA –Há uma exploração política do preço da gasolina?
Gabrielli – Claro, tanto por parte do governo quanto da oposição. Os dois lados falam do preço da gasolina.
Gabrielli – Claro, tanto por parte do governo quanto da oposição. Os dois lados falam do preço da gasolina.
ÉPOCA –Por parte do governo também?
Gabrielli – Claro, diz que não vai mudar, que vai segurar (o preço) . Diz que vai segurar porque é importante segurar, senão o pessoal sente no bolso.
Gabrielli – Claro, diz que não vai mudar, que vai segurar (o preço) . Diz que vai segurar porque é importante segurar, senão o pessoal sente no bolso.
ÉPOCA –O governo intervém na gestão da Petrobras?
Gabrielli – O Conselho de Administração da Petrobras, que é um conselho ativo e que se reúne mensalmente, define os pontos estratégicos e as decisões-chave da empresa. E o governo tem a maioria no conselho. Então é óbvio que tem influência, como os acionistas controladores de todas as empresas fazem. O que há é um alinhamento de longo prazo dos acionistas não controladores com o governo. O governo quer que a Petrobras cresça, que a Petrobras gere lucro, que a Petrobras permita que o mercado seja estável, que a Petrobras tenha fluxo de caixa mais estável, que pague bons dividendos. Agora, é claro que o governo não quer que a Petrobras perturbe o mercado, que a Petrobras não crie problemas. Por isso é que temos de ser um pouco esquizofrênicos, temos de combinar ambos os interesses e andar numa linha fina de ajuste de uma empresa que tem múltiplos interesses.
Gabrielli – O Conselho de Administração da Petrobras, que é um conselho ativo e que se reúne mensalmente, define os pontos estratégicos e as decisões-chave da empresa. E o governo tem a maioria no conselho. Então é óbvio que tem influência, como os acionistas controladores de todas as empresas fazem. O que há é um alinhamento de longo prazo dos acionistas não controladores com o governo. O governo quer que a Petrobras cresça, que a Petrobras gere lucro, que a Petrobras permita que o mercado seja estável, que a Petrobras tenha fluxo de caixa mais estável, que pague bons dividendos. Agora, é claro que o governo não quer que a Petrobras perturbe o mercado, que a Petrobras não crie problemas. Por isso é que temos de ser um pouco esquizofrênicos, temos de combinar ambos os interesses e andar numa linha fina de ajuste de uma empresa que tem múltiplos interesses.
ÉPOCA –O país vive uma série de escândalos relacionados ao loteamento político de cargos. Há loteamento de cargos na Petrobras?
Gabrielli – A diretoria da Petrobras é basicamente a mesma há oito anos. Da diretoria da Petrobras, o único terceirizado é o presidente. Agora, dizer que não tem influência política... Você acha que a Exxon atua de forma diferente do governo americano? Que a British Petroleum (BP) atua de forma diferenciada do que o governo inglês quer? Que a Total atua de forma diferente do que o governo francês quer? Nos Estados Unidos, as empresas não negociam com o governo, mas não destoam nas grandes questões políticas. Mas é claro que, no dia a dia (destoam) , sim, como também a Petrobras.
Gabrielli – A diretoria da Petrobras é basicamente a mesma há oito anos. Da diretoria da Petrobras, o único terceirizado é o presidente. Agora, dizer que não tem influência política... Você acha que a Exxon atua de forma diferente do governo americano? Que a British Petroleum (BP) atua de forma diferenciada do que o governo inglês quer? Que a Total atua de forma diferente do que o governo francês quer? Nos Estados Unidos, as empresas não negociam com o governo, mas não destoam nas grandes questões políticas. Mas é claro que, no dia a dia (destoam) , sim, como também a Petrobras.
ÉPOCA –A Petrobras destoa do governo? Em que assuntos?
Gabrielli – Em alguns detalhes, sim. Nós temos, por obrigação fiduciária, de viabilizar coisas que não dão prejuízo, por exemplo. Como gestores, nós respondemos como pessoas físicas. Não podemos fazer nada que dê prejuízo à companhia.
Gabrielli – Em alguns detalhes, sim. Nós temos, por obrigação fiduciária, de viabilizar coisas que não dão prejuízo, por exemplo. Como gestores, nós respondemos como pessoas físicas. Não podemos fazer nada que dê prejuízo à companhia.
ÉPOCA –Já houve algum pedido que a companhia entendeu que teria prejuízo?
Gabrielli – Às vezes, você tem projetos que não são viáveis economicamente, mas há a pressão da opinião pública, da sociedade à qual você tem de resistir.
Gabrielli – Às vezes, você tem projetos que não são viáveis economicamente, mas há a pressão da opinião pública, da sociedade à qual você tem de resistir.
ÉPOCA –Pressão do governo também?
Gabrielli – Também, mas eu diria que não é o dominante. Nós temos em nosso portfólio mais de 3 mil projetos, sendo 688 com mais de US$ 25 milhões. E são projetos que adicionam valor. Em oito anos, a Petrobras saiu de US$ 14 bilhões de valor de mercado para US$ 258 bilhões hoje. Você não adiciona valor se tiver projeto dominante sem rentabilidade. Então, você tem de ter uma gestão que leve em conta esse conjunto de interesses que eu mencionei. Nós somos uma empresa que tem múltiplos grupos de interesse. E você tem de atender uma curva que represente a maioria desses grupos, que às vezes são contraditórios, são conflitantes.
Gabrielli – Também, mas eu diria que não é o dominante. Nós temos em nosso portfólio mais de 3 mil projetos, sendo 688 com mais de US$ 25 milhões. E são projetos que adicionam valor. Em oito anos, a Petrobras saiu de US$ 14 bilhões de valor de mercado para US$ 258 bilhões hoje. Você não adiciona valor se tiver projeto dominante sem rentabilidade. Então, você tem de ter uma gestão que leve em conta esse conjunto de interesses que eu mencionei. Nós somos uma empresa que tem múltiplos grupos de interesse. E você tem de atender uma curva que represente a maioria desses grupos, que às vezes são contraditórios, são conflitantes.
ÉPOCA –Como é sua relação com a presidente Dilma?
Gabrielli – É uma relação de trabalho excelente nos últimos oito anos e meio, porque começamos a trabalhar ainda na transição (do primeiro mandato do ex-presidente Lula) . Como numa relação de duas pessoas que se respeitam, duas pessoas que têm posições firmes, são relações que em certos momentos são mais amorosas e em outros momentos mais odiosas, o que é absolutamente normal. No dominante, é uma relação extremamente positiva: eu tenho muito respeito à presidente Dilma e acredito que ela também tenha respeito a mim. Neste momento eu tenho de obedecer à presidente, ela é minha chefa. Neste momento, ela estará certa sempre (risos) .
Gabrielli – É uma relação de trabalho excelente nos últimos oito anos e meio, porque começamos a trabalhar ainda na transição (do primeiro mandato do ex-presidente Lula) . Como numa relação de duas pessoas que se respeitam, duas pessoas que têm posições firmes, são relações que em certos momentos são mais amorosas e em outros momentos mais odiosas, o que é absolutamente normal. No dominante, é uma relação extremamente positiva: eu tenho muito respeito à presidente Dilma e acredito que ela também tenha respeito a mim. Neste momento eu tenho de obedecer à presidente, ela é minha chefa. Neste momento, ela estará certa sempre (risos) .
ÉPOCA –Ela já gritou com o senhor?
Gabrielli – Ela gritou, mas não é verdade que eu chorei, muito menos no banheiro, como andaram publicando (risos) . Mas que ela já gritou comigo, já. E eu já gritei com ela também. Hoje eu não posso gritar porque ela é minha chefa.
Gabrielli – Ela gritou, mas não é verdade que eu chorei, muito menos no banheiro, como andaram publicando (risos) . Mas que ela já gritou comigo, já. E eu já gritei com ela também. Hoje eu não posso gritar porque ela é minha chefa.
ÉPOCA –E seus planos políticos?
Gabrielli – Pode escrever aí de forma peremptória: não serei candidato em 2012. Não há a menor possibilidade de José Sergio Gabrielli ser candidato em 2012.
Gabrielli – Pode escrever aí de forma peremptória: não serei candidato em 2012. Não há a menor possibilidade de José Sergio Gabrielli ser candidato em 2012.
ÉPOCA –E em 2014?
Gabrielli – Está muito longe ainda para decidir.
Gabrielli – Está muito longe ainda para decidir.
(ÉPOCA)
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