segunda-feira, 1 de agosto de 2011

José Sérgio Gabrielli admite desejo de suceder Wagner

Executivo com maior tempo na presidência da Petrobras, o baiano José Sergio Gabrielli movimentou a política nacional ontem ao admitir pela primeira vez que pode voltar à política. 

Mais além, Gabrielli, que disputou a primeira eleição em 82 e a última em 90, sem nunca ter vencido, admitiu que nutre o desejo não de disputar o próximo pleito que acontece em 2012, mas sim de suceder o governador Jaques Wagner nas eleições de 2014. 

“Para 2012, com certeza não serei candidato”, disse de forma enfática. No entanto, quando o assunto foi 2014, em tom mais ameno, respondeu: “Não nego que posso vir a ser candidato, mas é muito cedo para tomar decisão”. A declaração, conforme fontes petistas, tirou o sono de muitos aliados do governador que já se articulam para o posto, em especial integrantes do próprio Partido dos Trabalhadores. 

O fato é que, embora Gabrielli não tenha conquistado a simpatia da presidente Dilma Rousseff, é tido como “menina dos olhos” do ex-presidente Lula e do governador Jaques Wagner. Reforçando a tese de que possui o aval dos líderes petistas, informações dão conta de que ele, até o final do ano, deve deixar a Petrobras e assumir uma secretaria estadual com peso político para já ir se familiarizando com os assuntos da Bahia e, por tabela, lhe permita alguma projeção sobre o eleitorado.
 
Em conversas com amigos, o presidente da Petrobras tem manifestado sua preocupação com o fato de estar fora do estado. 

Apontado como um dos parlamentares mais próximos do presidente da Petrobras e um dos articuladores no partido de uma provável candidatura do petista ao governo do estado, o deputado estadual Rosemberg Pinto declarou ao site Política Livre durante o cortejo do Dois de Julho que o nome de Gabrielli é o “mais preparado” para suceder o governador em 2014. Entretanto, neste momento, o foco é fortalecer a legenda rumo à eleição do próximo ano. 

O assunto veio à tona durante evento de divulgação do balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ao ser questionado sobre uma eventual elevação do preço da gasolina, ele ressaltou que a companhia permanece com a mesma posição assumida nos últimos oito anos. 

Ele lembrou ainda que a importação do combustível poderá ser superior à feita no ano passado, quando foi importado um volume correspondente a entre três e quatro dias de demanda. “Este ano já foram importados o correspondente ao consumo de três dias, e pode ser ainda muito mais. Fazemos o monitoramento diário”, afirmou o presidente da Petrobras.

Vale pontuar que ao lado do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, Gabrielli é, no PT, um dos mais fortes candidatos à próxima sucessão estadual, quando o partido vai tentar renovar-se no comando político e administrativo da Bahia, que assumiu pela primeira vez na história do estado em 2000. (Tribuna da Bahia)

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