Apesar de os partidos ainda estarem em clima de organização, nos bastidores, essa tem sido uma das questões que devem dificultar a costura em torno da formação de uma única candidatura da força contrária, rumo ao Palácio Thomé de Souza. Ainda que todas as lideranças reforcem a tese da unidade, é certo que muitos encaram com descrença a possível integração do grupo. Possíveis postulantes na briga deixaram claro ontem que só devem entrar na disputa municipal como “protagonistas do jogo”.
O primeiro a dar o recado foi a liderança do Democratas baiano, nome do partido para as eleições, o deputado ACM Neto, que em entrevista ao site Bahia Notícias disse que não deixaria o mandato de deputado federal para ser vice de nenhum candidato. “Não cogito ser vice de ninguém. Não abriria mão do meu mandato. Aceitarei ser candidato a prefeito, desde que reúna todas as forças de oposição”.
Questionado pela Tribuna se o fato não inviabilizaria a unidade da oposição, o deputado minimizou: “Primeiro acho que não existe candidato a vice. A posição de vice é fruto de uma composição política, que pretende deixar a chapa mais competitiva e que possa refletir uma aliança”, frisou. Segundo ele, é natural que todos os partidos apresentem seus pré-candidatos e façam individualmente seu trabalho. “No momento certo, existindo um critério, essa aliança poderá ocorrer”, considerou.
Questionado sobre o assunto, o deputado federal Antonio Imbassahy, possível nome do PSDB para a prefeitura, deu sinais de que também rejeita ser vice na chapa oposicionista.
PR já se diz independente
Além de Neto e Imbassahy, o vice-presidente do PR baiano, nome ratificado pela sigla para disputa em Salvador, deputado federal Maurício Trindade, descartou a hipótese de o partido não encabeçar a chapa eleitoral e ainda foi mais além ao frisar que: “Não acredito que haverá unidade nem do lado da oposição, nem do governo no primeiro turno, porque ninguém vai abrir mão de sair como candidato. Eu mesmo não tenho por que abrir mão, pois apareço bem colocado em todas as pesquisas”, reforçou.Trindade também deixou claro que o PR não integra a aliança de oposição para 2012 em Salvador. “Somos da linha independente. Não somos nem governo, nem oposição. Nosso grupo é neutro, pois um vereador vota a favor do prefeito e o outro contra”, enfatizou.
“Pois agora é o momento de todos os partidos se posicionarem”, justificou. Segundo o líder peemedebista, o momento ainda é de pré-arrumação. “Ninguém nem sabe qual a quantidade de filiados. Todos ainda estão se arrumando”, afirmou. (TRIBUNA DA BAHIA)
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