Justiça Eleitoral dá aval à criação do PSD

Kassab, mentor do PSD: Registro aceito (Foto Política Livre)

Em meio a muitos movimentos contrários e pedidos de impugnação, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou ontem, por 6 votos a 1, a criação do Partido Social Democrático (PSD), idealizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que já nasce com muita força em vários estados, em especial na Bahia.
Desbancou o PP do status de segunda maior bancada na Assembleia Legislativa e alçou o governador Jaques Wagner ao detentor de uma das maiores bases dos últimos tempos no estado, com 49 dos 63 deputados.
 Além da relatora do processo, ministra Nancy Andrighi, votaram a favor do registro os ministros Marcelo Ribeiro, Teori Zavascki, Arnaldo Versiani, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.
Contra, apenas o ministro Marco Aurélio Mello.   De acordo a ministra Nancy Andrighi, o PSD apresentou 514,9 mil assinaturas válidas.
 O presidente do recém-criado PSD na Bahia, vice-governador Otto Alencar , em entrevista à Tribuna, não escondia a satisfação diante do resultado.
“Fui muito perseguido, mas hoje o sentimento é de tranquilidade, de que a justiça sempre prevalece e de que, sem dúvida, a oficialização do PSD é uma justa resposta aos muitos que tentaram cercear o direito da democracia e da liberdade. Em suma, perdeu a conspiração, o conservadorismo e o autoritarismo dos que temiam perder ainda mais espaço”, disparou, numa clara referência aos oposicionistas, em especial do DEM e PMDB, que não escondiam a torcida contrária ao projeto.  

Otto fez questão ainda de atribuir a vitória a todos que marcharam ao seu lado durante todo o processo e agradecer o apoio, desde o primeiro momento, do governador Jaques Wagner e da presidenta Dilma (Rousseff).
 “Teremos nada menos que 16 deputados (11 deputados estaduais e cinco federais) que deixarão os seus partidos e migrarão para o nosso lado. E posso garantir que a vitória foi de todos nós. Vou retribuir todo esse apoio com trabalho incondicional da bancada do PSD na AL”, assegurou”.
“Questionado sobre o número de prefeitos que deve engrossar as fileiras da nova sigla, o vice-governador preferiu não dar um palpite concreto, mas disse apostar na casa dos 100.
 Sobre 2012, o dirigente preferiu cautela e disse que ainda está muito cedo para tratar do assunto. “Em política só se toma decisão quando o momento exige, mas posso adiantar que estaremos afinados com a decisão do governador Jaques Wagner, que, volto a repetir, terá apoio fiel do novo colegiado”. (Tribuna da Bahia)