Rodoviária: reestruturação ou mudança? |
Em virtude do crescimento demográfico da cidade, políticos e entidades de classe vêm discutindo propostas de melhorias para a mobilidade urbana de Salvador. No artigo abaixo, o deputado estadual Sidelvan Nóbrega (PRB) faz uma análise das propostas apresentadas para a reestruturação ou mudança do Terminal Rodoviário, com base no Plano Diretor da capital baiana. Para ele, a deliberação da modificação do Terminal deve estar pautada na análise de Salvador como um todo, abrangendo, inclusive medidas sustentáveis para a cidade. A Ordenação e Ocupação Urbana de Salvador constituem-se em condicionantes para determinar a qualidade de vida dos seus habitantes, onde o planejamento e a ocupação desordenada influenciam diretamente na imagem da cidade. É preocupante ler e ouvir as diversas teorias do que se entende ser melhor ou pior para nossa querida capital do Estado da Bahia. Sem dúvida, observamos as melhores das intenções nas propostas apresentadas por diversos segmentos, porém no que se refere aos planejamentos governamentais – municipal, metropolitano, regional, estadual ou federal, estes precisam ser definidos dentro de uma visão macro do território, considerando a cidade na sua totalidade, não apenas nas intervenções localizadas. O Plano Diretor da cidade de Salvador possui vários Projetos de vias estruturantes elaborados e analisados por técnicos especializados, entidades de classe, políticos, dentre outros, com a finalidade de ordenar o desenvolvimento da cidade e viabilizar a mobilidade urbana, contudo, novas propostas surgem a cada momento para resolução de problemas pontuais, mostrando que as diretrizes traçadas e aprovadas no Plano Diretor em conformidade ao Estatuto das Cidades, são esquecidas ou simplesmente ignoradas. O grande desafio das cidades é o crescimento e o desenvolvimento urbano que proporcionam geração de riqueza, qualidade de vida e qualidade ambiental para seus atuais e futuros habitantes. Esse é o princípio do Desenvolvimento Sustentável, o qual estabelece o meio ambiente como ponto comum e de equilíbrio entre a tecnologia e o progresso, na escala onde a vida acontece: o espaço urbano. (Araújo & Caram, 2006) A discussão referente ao Terminal Rodoviário e seus desdobramentos devem estar inseridos em um pacote de medidas para o desenvolvimento sustentável da cidade como um todo, levando em consideração os planos e estudos previamente elaborados no Plano de Diretor da Capital Baiana, com suas devidas atualizações e correções – principalmente referente ao aumento da densidade demográfica. É evidente que existem outros elementos determinantes para a garantia do pleno e satisfatório funcionamento do Terminal Rodoviário de Salvador, entre eles, a integração com um sistema de transporte adequado, eficiente e de qualidade, aliado à disponibilidade de lojas e serviços para os passageiros e transeuntes. A decisão de reestruturação ou mudança do Terminal Rodoviário de Salvador deve ser fundamentada em um Planejamento Macro de toda a cidade e não de maneira pontual, garantindo assim a melhoria da qualidade de vida para os moradores e visitantes de nossa bela capital baiana. Entretanto, a união e a vontade política do Governo Federal, Estadual e Municipal integrado ao bom senso e o profissionalismo, definirão a alternativa ideal para o futuro de nosso importante e histórico Terminal. (www.sildevannobrega.com.br) |
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Deputado Sildevan Nóbrega discute mudança da Rodoviária de Salvador
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