Fundado em 1922 o PCB é o partido mais antigo do país ainda em atividade. Carinhosamente apelidado de Partidão, seu símbolo, composto por uma foice e um martelo, cruzados, simboliza a aliança operário-camponesa. Ideologicamente baseado em Karl Marx e Friedrich Engels, o partido tem organização baseada nas teorias de Lênin. Segundo o regimento, o papel básico do partido comunista é contribuir para a elevação da consciência de classe dos trabalhadores, agindo na organização das lutas e na propaganda socialista em contraponto ao modelo de sociedade capitalista.
A sessão irá contar com a presença de parlamentares, acadêmicos e lideranças sociais e políticas, como a professora Ana Alice Alcântara Costa, do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Sobre a Mulher (NEIM), a senadora Lídice da Mata, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o professor e historiador Muniz Ferreira e o Secretário Geral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Ivan Martins Pinheiro. Na ocasião, Dinarco Reis Filho, presidente da Fundação Dinarco Reis, fará a entrega da medalha da Fundação a um representante da família de Ana Montenegro.
Ana Montenegro - Ana Lima Carmo nasceu na cidade de Quixadá, no Ceará, no dia 13 de abril de 1915. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela antiga Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro). Ao chegar à Bahia, em 1944, participou de uma das primeiras invasões da cidade, a Corta Braço. Em 2 de Julho de 1945, filiou-se ao PCB, por influência do grande líder comunista Carlos Marighella. Ativista do movimento feminino, foi fundadora da União Democrática de Mulheres da Bahia, em 1945. Também participou da fundação da Federação de Mulheres do Brasil – organização ligada ao PCB; da Liga Feminina do Estado da Guanabara, criada em 1959; e do Comitê Feminino Pró-Democracia. Teve papel ativo na criação do jornal Momento Feminino, a jornalista e escritora assinava seus artigos com o pseudônimo de Ana Montenegro, nome que depois adotou definitivamente. Dentro do PCB, participou da Frente Nacionalista Feminista desde meados dos anos 50 até o golpe militar de 1964.
Por sua atuação política, Ana recebeu os títulos de Cidadã de Salvador e de Cidadã Baiana. A Câmara dos Deputados lhe conferiu o título de Mulher Cidadã e, em 2002, recebeu o Prêmio Nacional dos Direitos Humanos do Governo Federal. Foi indicada, juntamente com outras 51 brasileiras, para integrar a lista das “1000 mulheres para o Prêmio Nobel da Paz 2005”. Ana Montenegro faleceu no dia 30 de março de 2006, aos 90 anos, de falência múltipla dos órgãos. Boa parte de seu arquivo particular está no Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA.
(http://martarodrigues.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário