quinta-feira, 28 de julho de 2011

Morre líder comunista baiano João Falcão

João Falcão foi fundador do Jornal da Bahia que sofreu implacável perseguição política por parte do ex - senador ACM. Falcão foi suplente de deputado federal de Carlos Marighela na chapa do PCB e "segurança" de Luís Carlos Prestes durante o período que esteve escondido dos ditadores. 


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Morre, aos 92, João Falcão; sepultamento será às 16h




Morreu nesta quarta-feira, 27, aos 92 anos, de falência múltipla dos órgãos, o fundador do extinto Jornal da Bahia, o jornalista, escritor e militante político João da Costa Falcão. Ele estava internado no Hospital Português, na Barra. Seu estado de saúde piorou por causa de uma bronquite que, posteriormente, converteu-se numa pneumonia. O sepultamento acontece nesta quinta-feira (28), às 16h, no Cemitério Campo Santo. “Sem sombra de dúvida, é uma perda inestimável para a vida política e cultural brasileira”, lamentou o jornalista e deputado federal Emiliano José, ao referir-se ao antigo chefe do Jornal da Bahia, nos anos 70. “Naquele momento, ele proporcionou um sopro de renovação para o jornalismo baiano, reunindo pessoas que compactuavam os mesmos ideais. Leia mais em A Tarde & Política Livre.


O prefeito João Henrique lamentou hoje a morte do jornalista, escritor e empresário, João Falcão, ocorrida ontem. “Foi um baluarte da imprensa baiana, fundando um dos jornais (Jornal da Bahia) que fizeram história na Bahia e no Brasil pela luta em favor da democracia e contra o autoritarismo”. João Henrique lembra ainda a renovação que João Falcão capitaneou no jornalismo baiano e a valorização que deu a cultura. “É uma perda muito grande para a cultura brasileira. A Bahia está de luto pela perda desse grande patriota. Sua trajetória de vida será sempre um exemplo para as novas gerações. Hipoteco também minha solidariedade aos seus familiares”, disse o prefeito. (Política Livre)


Ao saber da morte do jornalista João Falcão, o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e do jornal Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, disse que a “Bahia perdeu um idealista, empreendedor, um guerreiro e intelectual. E eu perdi um amigo”. De acordo com ele, ainda no último dia 15, “o convidávamos para o lançamento da Medalha pelo Bi-Centenário da Imprensa Baiana, quando também seria homenageado, e ele, com a lhaneza de sempre, justificava a ausência, em face do tratamento a que vinha se submetendo”. “Foi-se a última chance de agraciá-lo – em vida – com uma honraria que, em parte, saldaria o grande débito que a Bahia alimentou perante João Falcão, diante de sua incessante luta pela liberdade de imprensa, por uma sociedade mais justa e pelo desenvolvimento do nosso Estado.” Sempre lembrado pelo lema “Não deixe esta chama se apagar”, com o que manteve nas ruas o Jornal da Bahia, mesmo ao transferir o seu controle acionário, nunca perdeu a imagem de um destemido escriba, lançando livros que preservaram a memória de um baiano cujos exemplos haverão de ser cultivados pelas gerações que se seguem”, concluiu Walter Pinheiro. (Tribuna)



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