Por Raul Monteiro
O vice-governador da Bahia, Otto Alencar, hoje no PP, tem um pepino de bom tamanho nas mãos para descascar. Líder baiano do movimento pela criação do PSD, está sob a mira da lei eleitoral, que dá prazo de 75 dias, a contar do último domingo, para a legenda estar formalizada.
O problema é que não depende exclusivamente da performance de Otto a solução do caso. A capacidade de trabalho do vice é conhecida, assim como a de seu círculo de amigos e correligionários do peito, todos imbuídos do mesmo projeto de colaborar, pela Bahia, na criação nacional do PSD.
Ainda que estoure em número de filiados e se antecipe a todos os prazos no processo de formalização do novo partido em seu Estado, nada garante ao vice, entretanto, que o PSD será parido em nível nacional, vencendo as adversidades naturais e aquelas que seus inimigos têm buscado lhe criar.
Reside aí, no plano nacional, num patamar no qual Otto não pode influir, as maiores dificuldades políticas atuais do vice-governador baiano, as quais começam a ser exploradas por seus adversários locais, especialmente DEM e PMDB, principais fornecedores dos novos quadros do PSD baiano.
Como não admite a hipótese de o PSD não sair do papel, Otto, que foi dos carlistas mais disciplinados - daqueles de quem nunca se ouviu qualquer queixa sobre ACM, que o mantinha sob vigilância permanente -, nem de longe insinua que pode ter algum plano B.
É a mesma postura dos seus principais colaboradores, da boca dos quais não se escuta a menor referência, neste momento, à hipótese de o PSD não virar realidade. Trata-se de um sinal de que, se tudo der errado, Otto só o admitirá quando os fatos se impuserem de forma clara e inexorável.
Mas se o vice não vislumbra ainda qualquer derrota, o mundo político não pensa da mesma forma e muito antes de terem aparecido os primeiros indícios de que o projeto de lançamento do PSD pode vir a malograr.
Deve ter sido pensando nisso que, aproveitando um encontro casual com Otto no casamento de uma das filhas do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), no mês passado, o ministro Mário Negromonte, um dos controladores do PP na Bahia, não perdeu a oportunidade para buscar reaproximar-se dele.
Como se sabe, os dois estavam estremecidos, desde que, num acordo direto com o governador Jaques Wagner (PT), Otto assumiu a secretaria estadual de Infraestrutura, antes ocupada por um quadro ligado a Negromonte e ao outro cacique do PP, João Leão.
Num jantar posterior à festa em que voltaram a se falar, Negromonte, educamente, deixou clara a admiração do PP pela figura política de Otto, num recado que poderia ser resumido assim: as portas continuam abertas para que o vice permaneça onde está. (Política Livre)
O problema é que não depende exclusivamente da performance de Otto a solução do caso. A capacidade de trabalho do vice é conhecida, assim como a de seu círculo de amigos e correligionários do peito, todos imbuídos do mesmo projeto de colaborar, pela Bahia, na criação nacional do PSD.
Ainda que estoure em número de filiados e se antecipe a todos os prazos no processo de formalização do novo partido em seu Estado, nada garante ao vice, entretanto, que o PSD será parido em nível nacional, vencendo as adversidades naturais e aquelas que seus inimigos têm buscado lhe criar.
Reside aí, no plano nacional, num patamar no qual Otto não pode influir, as maiores dificuldades políticas atuais do vice-governador baiano, as quais começam a ser exploradas por seus adversários locais, especialmente DEM e PMDB, principais fornecedores dos novos quadros do PSD baiano.
Como não admite a hipótese de o PSD não sair do papel, Otto, que foi dos carlistas mais disciplinados - daqueles de quem nunca se ouviu qualquer queixa sobre ACM, que o mantinha sob vigilância permanente -, nem de longe insinua que pode ter algum plano B.
É a mesma postura dos seus principais colaboradores, da boca dos quais não se escuta a menor referência, neste momento, à hipótese de o PSD não virar realidade. Trata-se de um sinal de que, se tudo der errado, Otto só o admitirá quando os fatos se impuserem de forma clara e inexorável.
Mas se o vice não vislumbra ainda qualquer derrota, o mundo político não pensa da mesma forma e muito antes de terem aparecido os primeiros indícios de que o projeto de lançamento do PSD pode vir a malograr.
Deve ter sido pensando nisso que, aproveitando um encontro casual com Otto no casamento de uma das filhas do presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT), no mês passado, o ministro Mário Negromonte, um dos controladores do PP na Bahia, não perdeu a oportunidade para buscar reaproximar-se dele.
Como se sabe, os dois estavam estremecidos, desde que, num acordo direto com o governador Jaques Wagner (PT), Otto assumiu a secretaria estadual de Infraestrutura, antes ocupada por um quadro ligado a Negromonte e ao outro cacique do PP, João Leão.
Num jantar posterior à festa em que voltaram a se falar, Negromonte, educamente, deixou clara a admiração do PP pela figura política de Otto, num recado que poderia ser resumido assim: as portas continuam abertas para que o vice permaneça onde está. (Política Livre)
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