segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Entrevista do Bahia Notícias com Geddel Vieira Lima

por Evilásio Júnior
Bahia Notícias – Sobre o imbróglio com os deputados Temóteo Brito, Ivana Bastos e Alan Sanches, que foram expulsos do PMDB, o partido pedirá o mandato dos três ou não?
Geddel Vieira Lima – Na verdade, não é imbróglio. Por parte do partido, é uma tomada de posição na preservação da sua identidade. Os parlamentares assinaram a ficha de filiação a outro partido, nós fomos tolerantes com isso, mas a executiva entendeu que não dava mais para suportar essa postura de desobediência às linhas programáticas. Votar contra o funcionário público, no caso do projeto do Planserv, que é, na nossa avaliação, um lamentável equívoco de um governo que dizia ter compromisso com esses funcionários. A partir daí, o PMDB decidiu expulsar esses deputados e já é página virada. Medidas outras não estão mais na área política, mas sim na área jurídica. O setor jurídico do partido é quem as adotará. Ele tem carta branca para adotar todas as medidas que preservem os interesses partidários.
BN – O senhor, como integrante da direção do PMDB na Bahia, como recebeu as declarações dos parlamentares expulsos, por exemplo a do deputado Alan Sanches, que disse que o PMDB trata os seus filiados de forma ditatorial?
GV – Não tem importância porque contra fatos não há argumentos. Isso me parece mais uma reclamação de quem foi pego com a boca na botija traindo o seu partido e, acima de tudo, o funcionário público. Essas pessoas, eleitas com o voto e com a estrutura do PMDB, traíram o partido e os nossos eleitores. Esses deputados foram eleitos em uma chapa de oposição ao governo que venceu as eleições. O governo venceu e cabe a ele governar. Quem foi colocado na oposição tem que fazer oposição e não trocar a sua postura por “carguinhos”, benefícios ou vantagens pessoais. Portanto, eu não dou maior relevância a esse tipo de agressão, até porque, diferentemente de quem faz isso, eu tenho o maior respeito pela inteligência do povo da Bahia.
BN – Então, o PMDB se sente traído?
GV – Não é o PMDB que sente traído. A traição ao partido e aos eleitores é clara. Você é eleito por uma legenda, você tem compromisso com essa legenda, é eleito com os votos dessa legenda – porque nenhum deles teve voto pessoal suficiente para preencher o coeficiente eleitoral –, e não segue a orientação dessa legenda? Evidentemente que esta não é uma postura de lealdade. Mas isso é página virada em nosso folhetim. O PMDB tomou uma atitude que o solidifica perante a opinião pública como um partido que merece respeito. Um partido que tem postura, que tem posição. Um partido que é leal ao que determinaram as urnas. Ao perder as eleições, o PMDB foi colocado por você, que nos lê nesse momento, na oposição. É nessa postura que nós temos que atuar.
 “Eu nunca tive relação amistosa com Antonio Carlos Magalhães. Eu tive uma relação extremamente fraterna com Luís Eduardo Magalhães”
BN – Sobre o PSD, que é a sigla em que os três deputados pretendem ir, o senhor trocou farpas via imprensa com o vice-governador Otto Alencar, que é o principal articulador da legenda no estado. Como o senhor avalia a formação do novo partido?
GV – Em primeiro lugar, vamos colocar bastante claro aqui que é preciso ter uma postura de coerência. O vice-governador deu a sua opinião, deu a sua penada, em assuntos internos do PMDB. Foi o vice-governador que foi a público considerar que a postura do PMDB, em relação a esses parlamentares, foi autoritária. O que eu disse, também, foi constatar o óbvio, que o vice-governador é um cara-de-pau. Não é uma ofensa pessoal, é uma constatação do óbvio. Por que cara-de-pau? Porque viveu a vida inteira, formou-se politicamente, servindo-se e servindo a Antonio Carlos Magalhães, que, independentemente das qualidades que tivesse, e as tinha também, conseguiu unanimidade em torno de uma verdade: era uma figura autoritária e prepotente na forma de fazer política. Agredia os seus adversários e os transformava em inimigos. Eu nunca vi, ao longo da vida, o senhor Otto Alencar erguer sua voz para dizer que Antonio Carlos Magalhães era autoritário ou tinha posições autoritárias. Nunca vi erguer sua voz para defender, àquele período, quem quer que fosse que tivesse sido atingido ou atacado por Antonio Carlos Magalhães. Faltou-lhe coragem? É provável. Hoje, se arvora ao direito de tecer críticas ou adjetivar as posições do PMDB? Ele pode dizer o que quiser. Pode agredir-me do jeito que quiser. Para mim, essa é uma postura de um cara-de-pau. Em relação ao PSD, um partido que nasce com os seus chefes dizendo que o partido não é de centro, não é direita, não é esquerda, não é de cima, não é de baixo, pode ser governo, pode ser oposição, todo mundo que quiser se encostar, em qualquer que seja o governo, “venha para cá que esse é o instrumento”, isso não é partido. Isso não merece respeito. Isso é um aconchego de interesses. Sem nenhuma ofensa, essa é a avaliação que eu faço. Deixa o futuro dizer se estamos corretos ou não na nossa avaliação.
BN – Mas aqui, no cenário local, apesar das críticas que fez a Antonio Carlos Magalhães, o senhor já teve aliança com o PFL anteriormente e tinha uma relação mais amistosa com o senador, embora tenha rompido depois...
GV – Me permita, vamos corrigir. A história está aí. Eu nunca tive relação amistosa com Antonio Carlos Magalhães. Eu tive uma relação extremamente fraterna com Luís Eduardo Magalhães, que era uma figura ampla, afetuosa e includente. Tanto assim que, mesmo o governador Jaques Wagner, que era de um partido que teve sempre posturas radicais, manteve também uma relação fraterna com Luís Eduardo, a ponto de, após a sua morte, ter dado o seu voto a favor da mudança do nome do aeroporto de Salvador, de Dois de Julho para Deputado Luís Eduardo Magalhães. A minha relação era com Luís Eduardo e construí com ele uma aliança, ao meu ver inteligente, pensando em Luís Eduardo ser governador para tentar fazer uma transição de um estilo autoritário de fazer política, que era do seu pai, para um estilo mais aberto, que era o dele. Morto Luís Eduardo, cujo destino tirou a chance de governar a Bahia, imediatamente nós nos afastamos e nos colocamos na posição que sempre tivemos: de oposição ao estilo de fazer política do senador Antonio Carlos Magalhães. Portanto, não é novidade nenhuma renovar críticas a esse estilo, da mesma forma que renovo o que sempre disse: é inquestionável que, administrativamente, foi um homem que deixou marcas importantes para o desenvolvimento da Bahia.
BN – Tá, mas com essas divergências todas, hoje o grande nome que viria para tentar salvar, digamos assim, o carlismo é o de Antonio Carlos Magalhães Neto, deputado federal, e o PMDB engendra uma aliança, em 2012, com o Democratas, assim como com o PSDB. O senhor não acha que seria incoerente dentro de uma questão de postura ideológica?
GV – Não, e te digo por quê. Primeiro que eu discordo dessa história de carlismo. Esses “ismos”, normalmente, definem posições ideológicas: marxismo, comunismo, socialismo. Essas são correntes de pensamento. Carlismo nunca foi corrente de pensamento. Foi um neologismo que surgiu para caracterizar um estilo de fazer política, muito pessoal, de um homem público da Bahia. Morto esse homem público, grande parte daquelas divergências, daquelas idiossincrasias, daquele enfrentamento, deixa de existir. A política da Bahia ganha outro rumo, outro tamanho, a ponto de, imagina isso, o vice-governador do governador petista, cujo partido não permitiu que Luiza Erundina fosse ministra de Itamar Franco, ser Otto Alencar. O Otto Alencar falou, coisa boba, antiga, que, quando fiz a crítica a ele, firme, mas respeitosa, eu devia estar me olhando no espelho. O Wagner se aliou e fez vice-governador um um político, esse sim, que quando se olha no espelho, o que é que ele vê refletido? O rosto de Antonio Carlos Magalhães. Por isso, não vejo nenhuma incoerência, até porque, as alianças devem ser feitas, nesse caso, em torno de propostas, projetos e visões. E a visão que nós temos é a de que o governo do PT, na Bahia, não acompanhou os avanços administrativos que o estado poderia ter em função das oportunidades que foram oferecidas. Perde para Pernambuco, perde para o Ceará, a segurança é frágil, na saúde você vê o que está acontecendo no Hospital Clériston Andrade, cultura fragilizada. A única coisa que funciona neste governo é a propaganda. Então, todos que queiram se unificar em torno de um projeto diferente desse serão bem vindos.  
“Pessoalmente, meu nome não estará na urna em 2012” 
BN – E como está a questão das alianças? Já está definido que Mário Kertész será mesmo o candidato a prefeito de Salvador do grupo?
GV – Não. Estamos conversando. Eu defendi a ideia de Mário Kertész porque é um homem público, merecedor de críticas e de elogios, como qualquer homem público. Tem gente que gosta e não gosta dele, mas, inquestionavelmente, foi, em Salvador, o último prefeito a pensar a cidade para o futuro. Estão aí iniciativas dele até hoje importantes e o aproveitamento de quadros relevantes. É um homem experimentado, com carreira política sólida, empresário bem sucedido, alguém, inclusive, que, uma vez eleito prefeito de Salvador, pode desmistificar essa conversa sem-vergonha, o termo é este, da “governabilidade”. Governabilidade virou sinônimo de adesão. O sujeito quer aderir, não aguenta fazer oposição, não aguenta ter postura reta, aí inventa uma tal governabilidade, alegando “parceria”. Ora, pelo amor de Deus, seja quem for o governador, seja quem for o presidente da República, um líder político mantém a postura política, mas tem a capacidade de dialogar a parceria administrativa sem se render, sem aderir, sem se curvar. Aécio Neves foi governador de Minas Gerais pelo PSDB e conseguiu para Minas mais com Lula, seu opositor, do que o grande amigo dele, governador da Bahia, trouxe para o nosso estado. A questão é de postura e Mário tem essa postura de ser um líder político, além de um grande administrador, comprovadamente, para tirar Salvador dessa baixa estima, desse momento de dificuldade que inquestionavelmente vive, conversando com quem quer que seja – governador, presidente, seja de qual partido for –, com altivez e competência. Mas não há definição em relação ao nome dele. É um nome que está posto. Nós vamos ter que ter maturidade, conversar muito, e teremos tempo para isto, para encontrar ideias, caminhos, projetos e propostas que nos unifique, para termos em torno de uma candidatura que surja desse grupo o maior apoio possível. Torço para que seja Mário, mas, evidentemente, estamos abertos a discutir outras hipóteses. Até porque, diferentemente do Partido dos Trabalhadores, sobretudo na Bahia, quem quer apoio tem que estar necessariamente disposto a apoiar.
BN – O senhor acredita em uma porcentagem de quanto que Mário Kertész será candidato? Tem muita gente no meio político que não acredita que ele irá aceitar o convite...
GV – Está bom, que continue assim. Deixa não acreditar que as coisas surgem no momento certo. Eu acho que Mário Kertész, das conversas que tive com ele, está muito angustiado com a situação que vive Salvador e isso me estimula a desejar que ele seja o candidato. É um homem que está com a sua vida pessoal resolvida, é bem sucedido, tranquilo. Se ele se dispor a aceitar o desafio de enfrentar uma campanha, sobretudo de administrar uma cidade com as complexidades que têm Salvador, evidentemente, é a posição de quem quer se doar, de quem quer contribuir, de quem quer ajudar a cidade. Mário não tem projetos políticos futuros, não deseja ser governador, não deseja ser presidente da República. Seria alguém que viria para ser o articulador de uma grande equipe capaz de fazer os enfrentamentos que Salvador precisa. Eu posso te afirmar que, do ponto de vista da vontade de Mário, ela está absolutamente bem resolvida. Cabe agora a nós todos termos a capacidade política, e a humildade, de ver que essa é uma generosa oportunidade que nos é oferecida pela circunstância política para apoiar um projeto, para aprovar uma ideia, para aprovar um nome que pode vencer as eleições e, mais do que isso, fazer uma administração absolutamente capaz de resgatar Salvador.
BN – O senhor afirmou que “quem quer apoio tem que saber apoiar”. Geddel poderia pintar, no caso de uma negativa de Mário Kertész, como candidato a prefeito ou até mesmo vice em uma chapa com ACM Neto ou Antonio Imbassahy?
GV – Não, porque essa não é a minha motivação. Eu acho que você, para disputar uma eleição em Salvador e, mais do que isso, governá-la, tem que estar motivado para isso. Acabei de vir de uma derrota eleitoral. Acho que é o momento de fazer o que eu estou fazendo: me reciclar, aprofundar os meus conhecimentos sobre a Bahia, estudar cada vez mais esse estado, viajar cada vez mais nesse estado, solidificar o meu partido como oposição e, portanto, como alternativa ao que está, e preservar o nosso nome, as nossas ideias, para 2014. Pessoalmente, meu nome não estará na urna em 2012, mas eu estarei como sempre, como em tudo que faço na vida, engajado, apaixonadamente, em uma proposta que possa significar uma melhoria na administração pública de Salvador.
“Acho que Mário Kertész vai querer servir à sua cidade” 
BN – Palácio de Ondina ou Câmara Federal em 2014?
GV – Eu desejo disputar uma eleição majoritária, mas, evidentemente, eu sou da política, eu gosto da política. Essa é a minha paixão e a minha vocação. Eu quero sempre ter a oportunidade de trabalhar pela Bahia e, melhor ainda, quando é através do exercício de um mandato. Eu quero disputar uma eleição majoritária e, se possível, repetir a candidatura ao governo da Bahia, porque sei que a Bahia pode mais. Tem capacidade de ter um governo muito mais vibrante, muito mais dinâmico, capaz de enfrentar verdadeiramente os problemas que nós temos, e não apenas um governo que se sustente na simpatia do seu titular, na propaganda e na carona que pega no prestígio de líderes do seu partido. Agora, evidentemente, que só quem tem ideia fixa é maluco – eu digo isso sempre brincando, mas em cima de uma verdade. Eu não sou doido. Se, eventualmente, eu não tiver capacidade de viabilizar forças que façam da nossa pretensão um projeto competitivo em 2014, me curvarei à realidade dos fatos, apoiarei quem tiver essa capacidade e encontrarei outras formas de servir à Bahia, disputando outras funções.
BN – Vamos voltar a falar de 2012. Caso Mário Kertész não concorde em disputar a eleição, quem o PMDB indicaria para a chapa majoritária?
GV – Dizem que cada dia com sua agonia. Eu não estaria ousando se te dissesse que, mesmo um outro dia, eu não teria essa agonia. Acho que Mário Kertész vai querer servir à sua cidade.
BN – Opa, essa é uma boa informação...
GV – Não digo nem que essa é uma informação. Digo que este é o meu sentimento. Quase certeza. Creio que Mário vai se colocar à disposição para servir à sua cidade. É mais do que um desejo. É a crença muito forte de que este é um caminho importante para a Salvador de hoje.
BN – E quando sai esta definição?
GV – Aí eu te diria o seguinte: só tem pressa nesse caso quem não tem tempo para esperar. Nós temos tempo para esperar. Quem tem pressa é você (risos), que é jornalista competente e quer arrancar uma informação que eu ainda não posso te dar (mais risos). Mas eu não tenho dúvida nenhuma que, dentro de pouco tempo, essas coisas vão se ajeitando, vão se arrumando, e as conversas que todos estamos tendo, entre nós, vão chegar a bom termo para que todos abracem, mais do que a candidatura, propostas que possam nos unificar.
 “O sujeito que achar que tem limitação entre trabalhar, tuitar e fazer outras coisas é um sujeito que se menospreza”
BN – Geddel hoje trabalha na Caixa Econômica Federal, falou que não vai ter o nome na cédula em 2012, e muita gente não sabe o que faz, de fato, o  vice-presidente de Pessoa Jurídica...
GV – É uma área extremamente importante. Ela cuida de toda a relação com micro, pequenas, médias e grandes empresas, financiamentos, toda a relação da Caixa com o Poder Judiciário, no que diz respeito às suas relações com precatórios, com depósitos judiciais, compras e folhas de pagamento. Relação com prefeituras, nessa área das compras, das folhas de pagamento, de financiamentos com intermediação de projetos. Vou te citar um do BNDES, por exemplo, de computadores para as escolas, que somos nós que viabilizamos esse financiamento. Toda a área internacional da Caixa Econômica. Ainda, agora, devo estar viajando à Europa para tratar da discussão sobre o lançamento da primeira captação internacional de recursos que vai ser feita pela Caixa. É uma área extremamente interessante em que poderei servir, e já estou servindo, à Bahia, com características diferentes às de outras funções que exerci, mas que abre horizontes e onde acumulo experiência e conhecimento para colocar sempre à disposição da Bahia, agora e no futuro.
BN – Se a Caixa Econômica Federal implantasse um dispositivo que proibisse o funcionário de usar o Twitter, o senhor, como um dos políticos que mais usam a ferramenta, se sentiria prejudicado?
GV – O sujeito que achar que tem limitação entre trabalhar, tuitar e fazer outras coisas é um sujeito que se menospreza. Eu tenho dado muito valor às redes sociais como instrumento contemporâneo de diálogo e de contato com a sociedade. Você veja a importância das redes sociais. Vou citar só duas manifestações, recentes: a grande passeata contra a corrupção, que mobilizou o Brasil e aconteceu em Brasília, e, aqui na Bahia, a passeata contra a violência que terminou em um protesto em frente ao Palácio de Ondina, em que o governador, inclusive, se furtou em conversar, o que seria muito útil, na minha avaliação. Tenho tido a oportunidade, via Twitter, via Facebook e outras ferramentas de redes sociais de contatar as pessoas, de conhecer a Bahia, de aprofundar os meus conhecimentos, de propor, de ser criticado e de debater. E já agora, na segunda-feira (12), estamos lançando também o nosso blog, o blog do Geddel.
BN – E o que é esse blog?
GV – É um blog em que vamos ter a oportunidade de debater, de lançar ideias, ouvir sugestões, de ouvir críticas. Tenha a absoluta certeza de que eu não vou ceder à tentação de fazer do blog do Geddel um instrumento de autopromoção. Vai ser um instrumento real de divulgação de notícias, de análise de fatos, de entrevistas, de conversas, de captação de sentimentos da sociedade, enfim, de interação, através desse mundo fantástico que são as redes sociais. Eu estou cada dia mais entusiasmado com essa ferramenta e cada dia mais participativo. Portanto, nem a caixa vai fazer isso, nem se a Caixa fizesse eu deixaria de tuitar.
 “Eu deixava o imóvel vazio (se tivesse que entregar a Wagner, JH ou Otto). Preserva mais”
BN – O blog vai ter um formato comercial como dos outros sites? Será concorrente do Bahia Notícias?
GV – Não, não. Não será até eu vou te dizer por quê. Não é uma crítica, mas uma constatação. Eu quero ter, verdadeiramente, absoluta independência para tocar o projeto. Eu quero que você, Evilásio, já está convidado, possa escrever um artigo lá, até me criticando. Eu quero que outros possam escrever no blog elogiando ou criticando ações do governo do Estado. Eu quero que possam elogiar ou criticar ações da iniciativa privada. Eu quero, efetivamente, fazer daí um espaço de debate real. Verdadeiro. Se você começa a ter patrocínios, entradas comerciais e tal, você termina, por mais ou menos que você queira, tendo limitações aqui ou ali. É próprio. Em um estado com as dificuldades que nós temos, é mais próprio ainda. Portanto, sem nenhuma arrogância, sem nenhuma prepotência, mas dentro daquilo que nós conseguimos fazer com os nossos esforços próprios, vamos tentar fazer desse espaço um veículo que possa ser muito visitado e uma forma de, efetivamente, conversar com a Bahia.
BN – A quem o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entregaria a responsabilidade de um grande imóvel que iria beneficiar a toda a Bahia: Jaques Wagner, governador do Estado; João Henrique de Barradas Carneiro, prefeito de Salvador; ou Otto Alencar, vice-governador da Bahia?
GV – Eu deixava o imóvel vazio. Preserva mais.

(Bahia Notícias)

Nenhum comentário:

Postar um comentário