segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Estudantes da UFBa realizam protesto hoje dia 12

Dia 12 de Setembro faremos um grande ato unificado em defesa dos 10% do PIB pra Educação, pela contratação de mais professores e servidores, e pela construção do RU de São Lázaro. Esta mobilização foi organizada pelo Fórum de CAs e DAs de São Lázaro, em reuniões, atos, passagem em sala, e simboliza só um primeiro passo para uma mobilização maior, que agregue estudantes de todo o campus de Ondina, do Canela, de Vitória da Conquista, servidores em greve a mais de um mês, e professores que recentemente tiveram reajuste abaixo da inflação. Além disso, esse ato soma-se às manifestações de estudantes de todo o Brasil que fazem greves, ocupações de reitoria que reivindicam políticas de permanência efetivas, mais estrutura, mais professores e servidores que atendam à uma expansão de qualidade.
Esta e outras mobilizações nas universidades não acontecem isoladas. Movimentos sociais em todo o Brasil fazem atos, e mobilizações num momento de intabilidade da economia brasileira e mundial. A volta dos efeitos da crise financeira na Europa tem feito a juventude da Espanha, Grécia, Irlanda, se mobilizarem contra cortes nos orçamentos, e retirada de direitos socias – a fórmula mágica dos banqueiros de “resolverem” a crise, as revoltas nos países arábes e as mobilizaões estudanis no Chile também não fogem ao contexto de aprofundamento da crise do capitalismo e da resistência da juventude e dos trabalhadores em pautar um outro modelo de desenvolvimento pós-neoliberal.
No Brasil, onde conseguimos diminuir os efeitos da crise de 2008, vemos os banqueiros, a elite e a grande mídia exigindo uma agenda cada vez mais recessiva de corte de “gastos”, alta dos juros e aumento do superavit primário para enfrentar a crise, cobrando que o governo adote a agenda derrotada nas eleições de 2010. Os trabalhadores do campo e da cidade e a juventude neste momento vão às ruas, dizer que tipo de desenvolvimento queremos para o Brasil enfrentar a crise e inaugurar um novo período de lutas e conquistas. Nesse momento é preciso termos uma agenda positiva do movimento social, que saía da defensiva e resistência estratégica em que estivemos nos anos de ataques neoliberais dos anos 1990 para uma necessária ofensiva das nossas pautas por um modelo pós-neoliberal de desenvolvimento popular para o Brasil.
Assim a CUT e demais centrais sindicais lutam pela redução da jornada de trabalho para 40h sem redução dos salários, o MST e a Via Campesina lutam por outro modelo de desenvolvimento agrário, com limite para o tamanho da propriedade da terra, contra o agronegócio e em defesa da agroecologia para nossa soberania alimentar, e a UNE luta por 10% do PIB e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação e em defesa de um processo de expansão do Ensino Superior que garanta uma formação plena e uma produção de conhecimento que respeite a diversidade e os interesses do povo brasileiro.
Para darmos conta de um necessário enfrentamento à política dos banqueiros frente à crise, resultando em conquistas para os trabalhadores no geral, e para a nossa universidade em particular, é necessário lutarmos e construirmos juntos o que nos une. Neste momento, é preciso que todas as correntes de opinião, as entidades de representação de classe, a administração da universidade, estudantes, professores e servidores de todos os cursos e unidades, estejamos unificados em defesa da Universidade pública, gratuita, democrática e popular.
RU em São Lázaro, já!
Ampliação do acervo da biblioteca Isaias Alves!
15% do Orçamento da UFBA para Assistência Estudantil!
Contratação de mais professores efetivos e servidores!
10% do PIB para Educação!
O que: Marcha de São Lázaro em defesa da educação pública, gratuita, democrática e POPULAR!
Que dia: 12 de Setembro, segunda-feira!
Que horas: 11h
Onde: Saindo de São Lázaro até a reitoria da UFBA
Logo após a Marcha haverá Assembléia de Estudantes na Reitoria para aprovação da nossa carta de reivindicação e próximos passos. Segue carta elaborada pelo Fórum de São Lázaro a ser aprovada na assembléia de segunda-feira.
Carta Aberta de São Lázaro
O movimento estudantil de São Lázaro já protagonizou diversas lutas em defesa de melhores condições de ensino e do cumprimento da função social da nossa universidade. Recentemente tivemos uma grande mobilização em defesa do pavilhão Raul Seixas, para que este fosse reformado e continuasse de posse da FFCH (ainda que parcialmente, visto que as salas de aula passaram a ser geridas pela Administração Central). Desde a abertura do PASL, em 2009, reivindicamos por condições dignas de funcionamento, conquistando ventiladores, filmes nos vidros, água nos bebedouros e banheiros, reparos na estrutura do prédio já danificado por rachaduras, etc.Com a implementação do REUNI (reestruturação e expansão das universidade federais), reaberto o novo prédio Raul Seixas, tanto São Lázaro, quanto a UFBA, passaram por diversas mudanças. Novos problemas surgem e velhos problemas persistem. Após muitos anos lutando por um restaurante a preço acessível no antigo Raul, ao ser fechado, tivemos que nos contentar apenas com uma barraquinha de lanches. Com o aumento da demanda de aulas a tarde, mais estudantes precisam permanecer dois turnos na universidade (às vezes entrando pela noite) sem lugar para almoçar, tendo que se alimentar precariamente. Da mesma forma, participantes de qualquer evento em São Lázaro não tem lugar para alimentação, a não ser contratando serviços de buffet terceirizados.
Ao mesmo tempo, o RU não consegue suprir nem Ondina, tampouco a demanda de São Lázaro, que ainda tem o transtorno da distância, do tamanho das filas, e o horário de término das aulas da manhã. Assim, torna-se fundamental termos um lugar adequado para almoço, e futuramente para janta, a preço popular como um Restaurante Universitário em São Lázaro.
Com o fechamento do antigo Raul, também tivemos que nos contentar com apenas uma xerox irregular, cara e em local inadequado; a biblioteca continua precisando de uma grande reforma e ampliação do acervo; e continuamos com o problema crônico de falta de segurança no campus impossibilitando aulas à noite para os cursos de São Lázaro.
O projeto de expansão das Universidades condicionado a “metas de produtividade”, e reaproveitamento da estrutura física e de recursos humanos já existentes, tem feito com que o ritmo do crescimento do número de vagas nos novos cursos como Gênero e Diversidade, Serviço Social e História noturno, não tenha sido acompanhado no mesmo ritmo de contratação de novos professores e servidores, bem como da estrutura necessária para o funcionamento desses cursos.
Assim, História e Gênero e Diversidade, continuam não tendo condições de ter aula em São Lázaro à noite, assim como diversos cursos de licenciatura estão sofrendo com falta de professores já que o Departamento de Educação não consegue suprir o aumento geral de vagas em vários cursos desse tipo. Só no Departamento de História há um deficit de 12 disciplinas que não estão podendo ser ofertadas a outros cursos como Ciências Sociais.
Diante disso, as/os estudantes e os Centros e Diretórios Acadêmicos se rearticularam no Fórum de São Lázaro para discutir os problemas que enfrentamos no nosso campus. Nesse sentido, passamos da reflexão à luta concreta. Percebendo que essas questões não dizem respeito somente a São Lázaro, mas também a UFBA e a todas universidades federais, durante as últimas semanas, viemos fazendo atos e mobilizações no campus com o intuito de convocar os diversos campi, servidores, professores e a administração da universidade a se integrarem numa mobilização ampla em defesa da universidade pública, gratuita democrática e popular.
Assim, exigimos:
Ponto de Distribuição do RU em SL;
Xerox com preço acessível;
Segurança no Campus;
Ampliação do acervo da biblioteca;
Abertura do Raul Seixas com condições básicas de funcionamento;
Disponibilidade de copos e recolhedores recicláveis;
Ar condicionado nas salas de aula em São Lázaro;
Autonomia por completo do Raul Seixas para FFCH;
Construção do prédio do Instituto de Psicologia;
Sala para todos os CAs e DAs de São Lázaro;
Mais professores efetivos (principalmente nas licenciaturas) mais e servidores;
Democratização das bolsas de pesquisa e mais investimento em extensão;
15% do orçamento da UFBA para Assistência Estudantil;
10% PIB pra Educação
50% do Fundo Social do Pré-Sal para Educação (Petróleo 100% estatal)
Com essa carta, convocamos todas/os estudantes da UFBA a se integrarem nas mobilizações, a pautar as suas demandas, para que assim possamos discutir questões mais profundas, como o novo PNE e os 10% do PIB para educação.
Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu!
Aqui está presente o movimento estudantil!

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