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A drogas da noite ganham cada vez mais espaço entre os jovens que vão a baladas e raves no País. Segundo a UNODC, órgão da Organização das Nações Unidas que trata do problema, hoje há uma estabilização ou queda de consumo de ecstasy em países desenvolvidos. Na contramão, o uso de drogas sintéticas em países como o Brasil está cada vez maior. O órgão estima que existam hoje mais de 1,65 milhão de usuários de anfetaminas, ecstasy e LSD no País. Marylin Garcia Tatton, psicóloga e diretora da Associação Parceria Contra Drogas, diz que o usuário mais comum tem cerca de 20 anos e é universitário. “Mas chama a atenção o uso de ecstasy entre adolescentes do ensino médio. É um problema crescente no Brasil, principalmente nas grandes capitais.”. Na Europa o problema das drogas sintéticas se tornou tão grave que os ingleses criaram, há 5 meses, um centro de tratamento voltado só para dependentes dessas substâncias. Owen Bowden-Jones, psiquiatra e fundador da Clínica “Club Drug”, disse em entrevista que é muito difícil calcular quantas pessoas sofrem de efeitos secundários causados pelo consumo dessas drogas. Segundo ele, ao contrário dos viciados em álcool, cocaína ou heroína, os usuários de drogas da noite não admitem que são dependentes e não buscam ajuda. “Mas a dependência química para todas as drogas é igual.” Marilyn destaca as consequências de duas drogas da noite. “O ecstasy pode levar à morte súbita por desidratação, e o crystal causa surtos psicóticos e pode levar à paranoia.” Ela diz que o barateamento permite que essas drogas sejam modificadas em laboratórios caseiros, para potencializar ou criar efeitos psicoativos e ainda evitar reações indesejáveis aos usuários. (Folha Universal)
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