segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Com avaliação de apagada, Luiza Bairros deve sair na reforma

                                                          Ministra Luiza Bairros

Por: Redação
Com avaliação de apagada, Bairros deve sair na reforma
Brasília – Pouco mais de nove meses após assumir o cargo, a socióloga Luiza Bairros (foto) deve perder o cargo na reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff fará em fevereiro do ano que vem.
O desempenho da ministra – que chegou a Esplanada na cota do governador da Bahia Jacques Wagner, do PT, e com apoio de setores do movimento negro ligado às ONG´s – é considerado fraco pelo Palácio do Planalto e sua performance à frente da pasta é vista como “apagada”.
Na reforma, a Presidente quer mudar a cota feminina no ministério e, além de Bairros, devem sair a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, e a de Mulheres, Iriny Lopes. Dilma, segundo a repórter Ana Flor, da Folha de S. Paulo, não teria gostado da ação de Lopes, que recentemente pediu a retirada do ar de um comercial de lingerie, estrelado por Gisele Bundchen.
No caso da ministra da Igualdade Racial, embora com o apoio do grupo de ONGS às quais está ligada desde quando deixou de ser uma das dirigentes do Movimento Negro Unificado (MNU), ela teria se fechado no seu círculo restrito de apoiadores, cercou-se de assessores na sua maioria da Bahia, e criou atritos com setores do PT, ao tentar desconstruir as gestões dos seus antecessores – a ex-ministra Matilde Ribeiro, o deputado Edson Santos e o atual presidente da Fundação Palmares, Elói Ferreira de Araújo.
Estilo fechado
Além da postura fechada, Afropress apurou junto a analistas com trânsito na Esplanada dos Ministérios, que o estilo da ministra é visto como distante do papel de um ministro de Estado – a quem cabe conciliar as tarefas técnicas e a gestão política.
Embora tenha se composto com o PC do B, ao convidar militantes da Unegro (União dos Negros pela Igualdade) da Bahia e de Brasília, para ocupar a Ouvidoria e a Secretaria executiva do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), ela teria desagradado a setores do movimento negro do PT, que mantém desde a sua posse uma posição de equidistância em relação a sua gestão.
Bairros escolheu seus assessores no grupo de lideranças próximas as ONGs, com acesso a fundações de apoio americanas como a Fundação Ford, entre outras.
Entre os seus principais assessores estão o Mário Lisbôa Theodoro e o jornalista Edson Cardoso, ambos dirigentes de uma das Marchas Zumbi + 10 que, em 2005, dividiram o movimento negro brasileiro. A outra Marcha foi protagonizada por lideranças do PT e PC do B.
Ministra em Nova York
No dia 22 de setembro passado, a ministra participou da comitiva que esteve com a Presidente Dilma na abertura da Assembléia da ONU, em Nova York. Luiza foi participar de reuniões para celebrar os 10 anos da Declaração de Durban – a III Conferência Mundial contra o Racismo, realizada em 2001, em Durban, na África do Sul.
Com atuação discreta, quase não foi notada e sua assessoria protagonizou um episódio que dá uma idéia de como se relaciona com a mídia, inclusive, com a mídia focada na temática étnico-racial brasileira.
Trapalhada
O correspondente em Afropress, Edson Cadette, tentou entrevistá-la e enviou e-mail a Assessora de Imprensa, Juci Machado. “Meu nome e Edson Cadette. Sou o correspondente aqui em Nova York do site Afropress.com. Gostaria muito de saber a possibilidade de entrevistar a ministra antes que ela retorne a Brasilia”, relatou o correspondente informando o número do telefone de contato para retorno.
A assessora, no Brasil, respondeu informando estar em dificuldades de contato com a chefe, mas que responderia assim que tivesse uma posição sobre o pedido. Frisava: “atenção para a grafia do nome da ministra – Luiza Bairros”.
Embora a entrevista tenha sido confirmada, por intermédio de um assessor que a acompanhava, a ministra não foi, nenhum assessor fez mais contato e o correspondente Edson Cadette permaneceu por mais de duas horas, a espera de Bairros no saguão do Waldorf Astoria.
Fonte: Afropress- 9/10/2011

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