segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Entrevista com Heleno Silva - PRB Sergipe

“A política como ferramenta para fazer o bem ao próximo”

Quando se fala em eleições, muitos políticos engolem em seco diante do teste de aprovação de seus mandatos nas urnas.  O deputado federal Heleno Silva (SE) vai na contramão desses e não esconde o entusiasmo diante da proximidade das eleições de 2012. Pré-candidato a prefeito na cidade de Canindé de São Francisco, Heleno prevê um acentuado crescimento do PRB em seu estado, desempenho movido pela credibilidade dos quadros do partido e pela identificação do cidadão com “uma sigla que não tem dono, mas programa. Que não tem cacique, mas participação efetiva de toda a militância”. Tanta confiança se baseia em uma constatação: “O PRB resgata a política como a ferramenta para fazer o bem ao próximo.”


1 – O senhor é um dos parlamentares republicanos com maior entusiasmo com relação às próximas eleições. Qual o motivo desse entusiasmo?
Heleno Silva – Tenho certeza de que nós, do PRB, chegamos a um momento em que poderemos contribuir efetivamente para o desenvolvimento do Brasil, assumindo funções no executivo, administrando prefeituras e, futuramente, tendo candidatos aos governos estaduais.  Por isso, há toda uma movimentação no partido, no sentindo de termos candidatos com qualidade para contribuir para os desenvolvimentos municipais, até como forma de demonstrar a competência e a probidade do partido para gerir recursos e para trabalhar pela viabilização das cidades. Isso pode ser visto pela qualificação e quantidade de pré-candidatos que temos em todo o Brasil.

2 – O PRB tem metas audaciosas com relação às próximas eleições. Em seu estado, Sergipe, por exemplo, o senhor acha que é possível alcançá-las?
Heleno Silva – Sim. Devemos eleger no estado, no mínimo, 10% dos prefeitos. Temos hoje 10 pré-candidatos com chances reais de vitória. Nós, apesar de sermos um partido novo, temos sido muito procurados em virtude de nossa credibilidade e por não sermos um partido com “donos” ou “caciques”.  Por isso, temos recebido uma grande procura por parte de pré-candidatos que querem compromissos programáticos e não adesão a projetos pessoais.

3 – Qual a o papel da militância e como o senhor incentiva essa participação?
Heleno Silva – Buscamos mostrar o que o nosso partido tem de melhor para os municípios, que é exatamente a valorização do ser humano, trabalhando nas políticas públicas que priorizem a saúde e a educação. No meu caso, no meu estado, com um forte componente de combate à pobreza, já que nós no Nordeste temos ainda altos índices de pessoas na extrema pobreza. Então, buscamos mostrar que o nosso partido tem a preocupação prioritária com o ser humano e que nossa política é em cima da valorização deste. Por isso, temos recebido a confiança em nosso trabalho e a mobilização das comunidades em torno de nosso projeto.  Inclusive com altos índices de filiação.

4 – Como motivar a participação política do cidadão em um momento de descrédito em relação à política?
Heleno Silva – Eu acredito que você tem que transmitir às pessoas sua visão política plenamente associada com a vida delas. Uma política voltada para a atenção dos problemas do cidadão no cotidiano. Além disso, tem que ser passada uma visão de esperança em um futuro melhor. Temos que mostrar ao cidadão que a política não foi feita para o benefício dos próprios políticos, mas sim como um instrumento de intervenção e modificação da realidade. Como uma ferramenta maravilhosa para fazer o bem ao próximo.  Essa é a minha ideia. A de melhorar a qualidade de vida do povo e de fazer esse povo ter uma participação ativa na administração do que é de todos. De fazer o povo plenamente integrado a essas discussões. Essa é minha proposta na cidade onde lancei oficialmente minha pré-candidatura a prefeito, em Canindé do São Francisco.

5 – O senhor é um político com uma história ligada ao homem do campo, tendo sido inclusive secretário estadual de Agricultura.  Como o senhor avalia a vida do agricultor brasileiro?
Heleno Silva – Melhoramos muito, principalmente o ramo da agricultura familiar a partir da chegada do presidente Lula, com quem os recursos para a agricultura familiar quadriplicaram. O agronegócio, que é a agricultura em escala industrial, vai muito bem obrigado, sendo um dos destaques na nossa pauta de exportações. O que não quer dizer que deva ser esquecido. Mas o setor da agricultura familiar ainda precisa de mais atenção, principalmente porque é responsável por colocar na mesa dos brasileiros 80% do que estes consomem. Hoje, esse pequeno agricultor tem uma situação melhor, com financiamentos com juros subsidiados, mas nós temos um grande desafio que é resolver a questão das dívidas desses agricultores. Dívidas essas que vieram dos anos 90, época do Fernando Henrique Cardoso, quando foram indexados vários índices de inflação, o que deixou várias unidades de produção inviabilizadas. Essa é inclusive uma das prioridades de meu mandato na Câmara Federal: lutar para que haja uma renegociação diferenciada dessas dívidas para a região Nordeste, porque é uma região diferenciada. O Nordeste e o Norte não podem ser vistos como as regiões Sul e Sudeste, porque têm realidades sociais, culturais, geográficas e históricas diferentes.

6 – Como o senhor avalia o PRB diante desse momento de mudanças?
Heleno Silva – O PRB significa o novo. O partido já conta com uma credibilidade muito grande em todo o Brasil. Nós mostramos que, diferentemente de outras siglas pequenas, não somos um partido de aluguel. Nós temos propostas para os estados e municípios. Isso, junto com a chegada do presidente Marcos Pereira, possibilitou um crescimento ainda maior para o partido. Eu até brinco dizendo que em cinco meses crescemos cinco anos.  O presidente tem escutado muito, tem se reunido com todo o partido, visitado todas as regiões.  Com isso, ele escuta as bases e conhece a visão de cada uma, promovendo a descentralização que vai agregar ainda mais e dar ainda mais confiança ao filiado de que ele faz parte de um partido. O PRB é um partido que veio para ficar e para mudar a política brasileira.

7 – Que experiência o senhor leva do Congresso para sua candidatura?
Heleno Silva – A experiência da negociação sem negociata. O conhecimento das ferramentas constitucionais e legais para obtenção dos recursos que se fazem necessários para o desenvolvimento social de minha região. O contato e o respeito recíproco com a bancada federal de meu partido, que será fundamental para conseguir mais recursos do poder federal. Obtive experiência em orçamento e na elaboração de projetos. É uma experiência de 12 anos de legislativo que agora será aplicada no Executivo. Saindo do campo da formulação de leis e projetos, para a fase de execução.

8 – O que seria fazer uma administração 10 para o senhor?
Heleno Silva – Nosso programa está consolidado em um tripé de ações: saúde, geração de empregos e educação. Não podemos sonhar que os jovens vençam a barreira social da pobreza sem que se tenha uma educação de qualidade.  Uma vez, eu fiz uma pergunta em um programa de rádio que apresentava: “Qual o sonho das crianças e jovens de Canindé?” E foi emocionante ver as respostas nas 105 mensagens que recebi. As crianças dos bairros mais pobres diziam que queriam ser médicas, veterinárias, engenheiras... Eu vi que os pobres também sonham. Infelizmente, o Brasil não tem dado condições para que os jovens realizem esses sonhos. Eu acredito que, em Canindé do São Francisco, o PRB dará todas as condições para que os jovens e crianças realizem esses sonhos.

Paulo Gusmão / PRB Nacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário