quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PPS pode lançar candidatura própria em 2014 para Presidência


Tido pelo PSDB como aliado automático, o PPS inaugurou um debate interno sobre a possibilidade de lançar candidatura própria na sucessão presidencial de 2014. O tema será debatido e votado em Congresso partidário marcado para os dias 9, 10 e 11 de dezembro.

Presidida pelo deputado Roberto Freire (SP), a legenda pendurou na página que mantém na internet um texto com as diretrizes que vão nortear os debates. Entre elas,O PPS escreve, “já neste congresso [de dezembro], discutiremos a possibilidade de candidatura própria para presidente em 2014.”

Se a tese for materializada em decisão, será a quarta vez que o PPS oferecerá ao eleitor uma alternativa presidencial.

A novidade aparece num instante em que o PSDB organiza para outubro um seminário no qual vai tentar se repaginar, redefinindo programa e estabelecendo metas.

O pedaço do PPS que advoga o caminho próprio parte do pressuposto de que a legenda tem a opção de vender o seu peixe sem perder nada. A legislação atual não impõe a verticalização. Significa dizer que o partido tem liberdade para compor nos Estados alianças diferentes da coligação nacional.

Assim, mesmo com presidenciável próprio, o PPS poderia se coligar nas disputas estaduais a quem bem entendesse, inclusive ao PSDB. Fracassando na empreitada presidencial, faria aliança num eventual segundo turno.

Em maio deste ano, o PPS mostrou interesse numa fusão com o Partido Verde (PV). As duas siglas compõem uma bancada no Congresso Nacional e lideranças do PPS falavam em unir as forças num eventual “Partido Socialista Verde”, como denominou o presidente do diretório pernambucano do PPS, Raul Jungmann.

Em entrevista na época ao Bocão News, o presidente baiano do PPS, Ederval Araújo, avaliou que a junção seria positiva para as legendas. “É uma grande oportunidade para fortalecermos a oposição. Tivemos algumas reuniões internas no PPS, mas depende do PV”, afirmou à reportagem.

Já o presidente estadual do PV na Bahia, Ivanilson Gomes, lembrou do acontecido entre as duas siglas nas últimas eleições. Na oportunidade, segundo Ivanilson, o PV buscou o apoio do PPS para o seu candidato ao governo do estado, Luiz Bassuma – que saiu da legenda – e não teve sucesso. “Eu tive várias conversas com George Gurgel (ex-presidente estadual do PPS) para mostrar que a coligação era interessante para todo mundo. Alertei que a aliança com o PMDB seria suicídio e deu outra”, lamentou.

De qualquer forma, candidatura própria ou futuras coligações não estão confirmadas. Apenas expectativa para uns e problemas para outros.
(Bocão News)

Nenhum comentário:

Postar um comentário